Conforme evidencia Carlos Alberto Arges Junior, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sancionada em 2018 e em vigor desde 2020, foi criada para regulamentar o tratamento de dados pessoais no Brasil, garantindo maior transparência e segurança no uso dessas informações. Inspirada no Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia, a LGPD estabelece diretrizes claras sobre como as empresas devem coletar, armazenar, processar e compartilhar dados.
Quais são os principais desafios para a conformidade com a LGPD?
Um dos maiores desafios para as empresas é a complexidade da LGPD, que exige uma compreensão detalhada de seus artigos e implicações. A lei abrange desde a coleta de dados até a sua eliminação, passando por questões como consentimento, segurança da informação e transferência de dados. Com isso, para muitas empresas, especialmente as menores, a falta de recursos e perícia interna torna a conformidade uma tarefa difícil.
Outro desafio é a integração da LGPD com outras normas e regulamentações, tanto nacionais quanto internacionais, informa o advogado especialista Carlos Alberto Arges Junior. Empresas que operam globalmente, por exemplo, precisam garantir que suas práticas estejam alinhadas, e essa complexidade exige uma abordagem holística e multidisciplinar, envolvendo áreas como jurídico, TI, marketing e RH.

Quais são as consequências da não conformidade com a LGPD?
A não conformidade com a LGPD pode resultar em multas significativas, que podem impactar severamente as finanças de uma empresa. Além das sanções financeiras, as organizações também enfrentam danos à reputação e possíveis ações judiciais. Em um mundo onde a privacidade é cada vez mais valorizada, violações de dados e descumprimento das normas de proteção podem ter consequências duradouras.
O Dr. Carlos Alberto Arges Junior explica que a ANPD tem ampliado sua atuação, realizando inspeções e aplicando sanções de forma mais frequente, o que tem aumentado a pressão sobre as empresas para adotarem práticas de conformidade. A presença de especialistas em privacidade é fundamental para evitar esses riscos, garantindo que a empresa esteja sempre consoante a legislação.
Como as empresas podem se preparar?
O cenário de privacidade de dados está em constante evolução e para se preparar para o futuro, as empresas devem adotar uma abordagem proativa, investindo em capacitação, tecnologia e parcerias com especialistas. A criação de um programa de governança de dados, que inclua políticas claras, treinamento contínuo e monitoramento constante, é essencial.
Além disso, para o doutor Carlos Alberto Arges Junior, as empresas devem estar atentas às tendências globais, como a crescente regulamentação do uso de inteligência artificial e a proteção de dados em ambientes de trabalho remoto. A privacidade de dados não é mais uma questão opcional; é uma necessidade estratégica que exige investimento e comprometimento.
Por fim, a evolução da LGPD e de outras leis de privacidade tem transformado como as empresas lidam com os dados pessoais, exigindo uma abordagem mais rigorosa e profissionalizada. Carlos Alberto Arges Junior ressalta que a conformidade com essas normas não é apenas uma obrigação legal, e que ao investirem em conformidades, as empresas fortalecem sua reputação.
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