Brasil

Órgãos de saúde investigam suspeita de caso de paralisia infantil no Pará

O Ministério da Saúde enviou equipe ao estado do Pará para analisar um caso de Paralisia Flácida Aguda, nesta quinta-feira, 6. Uma criança de três anos, de Santo Antônio do Tauá, nordeste do Pará teria testado positivo para a doença, já erradicada no Brasil. O diagnóstico foi feito a partir de um exame de fezes. Segundo órgãos de saúde, a poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, que ocorre em cerca de 1% das infecções. Os primeiros sintomas de paralisia acometeram à criança em 21 de agosto, um dia pós ser vacinado contra a poliomelite e receber a tríplice viral, que tinha dificuldade de se manter em pé, além de dores e febre. A criança encontra-se em repouso em casa. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) reforçou que se trata de um caso ainda sob investigação. Já o Ministério da Saúde informou que não há registro de circulação viral da poliomielite no Brasil e que o caso pode estar relacionado a um evento adverso ocasionado por vacinação inadequada. “É importante ressaltar que não se trata de poliomielite. O Ministério da Saúde reforça que pais e responsáveis vacinem suas crianças com todas as doses indicadas para manter o país protegido da poliomielite, doença erradicada no Brasil”, afirmou o órgão. Esse é a primeira ocorrência da doença desde 1989. Campanhas de vacinação em massa foram responsáveis pelo sumiço da doença.

Preocupado com a baixa procura das famílias pela vacina contra a paralisia infantil, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um apelo em agosto para que as famílias procurem os postos de saúde para garantir a imunização das crianças e evitar que a doença retorne ao Brasil. O Estado da Paraíba tem a menor adesão até agora da atual campanha de multivacinação, iniciada em agosto. Apenas 46% das crianças já tomaram a vacina contra a paralisia infantil. Foi também na Paraíba que foi registrado o último caso da doença no Brasil, em 1989. Entretanto, há risco da doença por causa da baixa procura pela vacina, como aconteceu com o sarampo, que foi reintroduzido no país em 2009 por conta do fato das pessoas se sentirem seguras e não procurarem os postos de saúde para tomar a vacina, como explica o ministro. “A medida que as pessoas se sentem protegidas, elas se esquecem que a proteção vem da prevenção. E, no caso dessas doenças evitáveis por vacina, são as vacinas [que previnem]. Nós não podemos deixar que isso aconteça”, declarou.

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