Conforme Leonardo Siade Manzan, as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) são pequenas usinas hidrelétricas com capacidade instalada limitada — até 30 MW no Brasil, segundo a ANEEL. Elas operam com menor impacto ambiental, menos exigências regulatórias e atendem geralmente a demandas locais ou regionais. Diferentemente das grandes hidrelétricas, que exigem grandes áreas alagadas, as CGHs podem utilizar quedas d’água naturais e operar com reservatórios reduzidos ou até sem reservatórios.
No entanto, sua dependência de cursos d’água e sazonalidade hídrica pode limitar a previsibilidade da geração ao longo do ano. Entenda!
Por que a energia solar tem atraído tantos investidores nos últimos anos?
A energia solar fotovoltaica vive uma expansão exponencial no Brasil e no mundo, puxada pela redução dos custos dos painéis solares e por políticas públicas de incentivo à geração distribuída. A principal vantagem da energia solar está na modularidade e facilidade de instalação, permitindo desde pequenos sistemas residenciais até grandes usinas solares centralizadas.
Para investidores, a previsibilidade de geração e os baixos custos de operação são pontos fortes. Leonardo Siade Manzan destaca que o retorno do investimento tem sido cada vez mais atrativo, principalmente em regiões com alta incidência solar, como o Nordeste brasileiro. No entanto, a intermitência — já que não se gera energia à noite ou em dias muito nublados — exige sistemas de armazenamento ou complementação com outras fontes.
Quais são os principais atrativos da energia eólica para investidores?
A energia eólica é hoje uma das fontes renováveis mais competitivas em termos de custo por MWh gerado. O Brasil possui um dos melhores ventos do mundo para geração eólica, principalmente nas regiões Nordeste e Sul. Os investimentos em parques eólicos se justificam pela escala, já que grandes empreendimentos podem produzir centenas de megawatts com uma infraestrutura relativamente simples.

De acordo com Leonardo Siade Manzan, a previsibilidade dos ventos, associada a avanços tecnológicos nas turbinas, também contribui para a atratividade do setor. No entanto, os parques eólicos exigem grandes áreas de terreno e têm maior impacto visual e sonoro, além de dependerem fortemente da topografia e acesso à rede de transmissão.
Como se comparam os custos iniciais entre CGHs, solar e eólica?
O custo inicial de implantação varia bastante entre as três fontes. As CGHs tendem a ter custos moderados por MW instalado, mas enfrentam desafios com a engenharia civil envolvida (como construção de barragens e canais), o que pode elevar o tempo de retorno. A energia solar apresenta o menor custo de instalação modular — é possível começar com sistemas pequenos e expandi-los progressivamente.
Já os parques eólicos requerem maior capital inicial devido ao custo das turbinas, infraestrutura de acesso e conexão à rede, mas ganham competitividade em larga escala, pontua Leonardo Siade Manzan. Comparativamente, a energia solar tende a ter menor barreira de entrada para pequenos investidores, enquanto CGHs e eólica exigem planejamento técnico e financeiro mais robusto.
Em conclusão, o melhor custo-benefício depende do contexto geográfico, do perfil do investidor e dos objetivos do projeto. Em regiões com bons rios e pouca competição por terreno, as CGHs podem ser extremamente vantajosas. Para Leonardo Siade Manzan, uma estratégia inteligente pode inclusive combinar fontes — como CGHs e solar — para complementar perfis de geração e garantir fornecimento mais estável ao longo do ano.
Autor: Monny Pettit